29 August 2009

Eu odeio o “direito”! Viva Gilmar, o operador da “vontade”


(Viva Gilmar e Viva Palocci – se não leu nada a respeito, aproveite para ficar com náuseas AQUI)

É isso mesmo: Eu odeio o “direito”!

Se você é o tal do “operador do direito”, pode se sentir ofendido porque, se tiver um mínimo de vergonha, vai ficar bravo. Pode entregar sua carteirinha da OAB ou levantar sua bunda mole e se manifestar contra o que acontece o tempo todo neste pedaço do mundo. Aí a decisão é sua.

Se quiser ficar bravo comigo, pode comentar à vontade. Eu aprovo TODOS os comentários, até os que me xingam. Aos mais inteligentes eu chego mesmo a responder.

Eu sou economista. SÓ economista. E gosto disso. E não vou fazer direito porque essa disciplina no Brasil é uma lenda e eu tenho coisa mais importante a fazer do que brincar de faz-de-conta.

Tenho vários amigos, familiares e conhecidos advogados (entre eles, juízes, promotores etc.), sem contar os “acadêmicos” ou “postulantes” (afinal, quem não tem?) e todos me olham torto porque eu sou absolutamente franco em relação a esse tema que a maioria das pessoas engole sem pensar: EU ODEIO O “DIREITO”.

Se o “direito” tivesse alguma serventia além de encher o saco de quem quer fazer alguma coisa decente, não precisaria de tantas instâncias e penduricalhos, mas principalmente, seus agentes estariam sujeitos ao crivo da aprovação popular.

Eu posso criticar o senador, o deputado ou qualquer suposto representante porque, afinal, voto ou não voto neles, de acordo com a quantidade de besteiras que façam. Se a população em geral resolver votar em alguma besta, o problema é de todos, mas pelo menos eu tive a chance de não votar em um salafrário.

Na justiça é diferente: o tal “membro” não é eleito e ainda por cima, é inamovível, daí esquenta ainda menos a cabeça ao decidir, por exemplo, que Palocci poderia ser absolvido “por falta de provas” (veja este artigo se quiser ficar ainda mais enjoado). Mas provavelmente na cabeça do infeliz do Gilmar Mendes e seus companheiros de decisão, o culpado é Francelino, o caseiro!

Depois tem gente que não consegue entender a razão de tamanha resistência dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil. Permita-me explicar um pouco: não se pode considerar institucionalmente estável um país onde, por exemplo,

•é absolvido por falta de provas um sujeito que sabidamente mandou quebrar sigilos bancários (e que recebeu os extratos);
•a Constituição é flagrantemente desrespeitada em questões simples como a laicidade do Estado ou mais complexas, como a vedação à bitributação;
•determina pagamentos de pensão exorbitantes, inclusive anteriores ao nascimento, se houver alegação da mãe, mesmo sem prova (ué, e o tal preceito de inocência até prova em contrário?);
•condena a pagamento de “verbas trabalhistas” alguém que, sem ter sido citado, foi considerado revel em ação que lhe moveu um sujeito que nunca foi funcionário, prestador de serviço ou frequentou o local;
•um juiz decide e sua decisão não pode ser cumprida porque as partes contrárias não concordam e fogem da citação.
Percebe a razão da célebre frase “de cabeça de juiz e bunda de bebê, ninguém sabe o que vem”? E todo mundo acha normal. Bom, eu não acho!

Neste país, juízes julgam de acordo com sua vontade e se gabam de fazê-lo.

Ora, então não chame a esse exercício de “direito”. Vamos mudar o nome para “operadores da vontade” – alheia ou própria. Aí eu concordo.

Tem vontade mais forte e menos forte. Tem aquela “gana” impressionante (atenção, eu disse gana e não gRana). Essa é diferente daquela vontadinha, tá de acordo?

Então, Viva o Gilmar Mendes, que é o principal operador da vontade do governo pizzaiolo.

Manda uma Margherita!

Normann Kalmus
(http://normannkalmus.com.br/blog/)

2 comments:

  1. TEM ECO AQUI, AMIGUINHA!
    PRÁ SINTETIZAR, VOU LARGAR UMA FRASE DO MILLOR FERNANDES QUE EXPLICA (NÃO JUSTIFICA), TODA A PRÁTICA DO "direito":
    "Se disserem que o crime não compensa, você tem que lembrar que é porque quando compensa, não é crime".
    DIREITO COMPLICA TUDO E JUSTIÇA NÃO EXISTE NÃO.
    Tudo um "trust" - truque prá se levar tempo dinheiro paciência dos cidadãos, desde um procedimento simples até os mais complicados -prá nós, porque pro direito, tudo é simples.
    Dispensável o direito.
    Bjs.

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  2. Meu amigo...eu faço questão de ecoar aos quatro cantos do Brasil minha indignação,seja ela escrita por famosos, humildes, escritores,ou um simples post acanhado emum blog...passeando pelas indignações que graças a Deus não são só minhas achei esse post do Norman que diz tudo. Aliás eu ainda acrescentarias umas linhas..rsss.
    Depois de 5 anos na fauldade de Direito e uma especialização em Direito Ambiental me encontrei como artesã..rssss
    Realmente Direito é meu inimigo intímo...
    Concordo..
    Dispensável o Direito...
    Bjka

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