29 May 2009

Morrer é preciso...



Num artigo muito interessante, Paulo Angelim, que é arquiteto, pós-graduado em marketing, dizia mais ou menos o seguinte:
Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas a ausência de vida e isso é um erro, existem outros tipos de morte e precisamos morrer todo dia.

A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação, não existe planta sem a morte da semente, não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma, não existe borboleta sem a morte da lagarta, isso é óbvio.

A morte nada mais é que o ponto de partida para o início de algo novo, a fronteira entre o passado e o futuro.
Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente;
Quer ser um bom profissional?

Então mate dentro de você o universitário descomprometido que acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas;
Quer ter um bom relacionamento?

Então mate dentro de você o jovem inseguro, ciumento, crítico, exigente, imaturo, egoísta ou o solteiro solto que pensa que pode fazer planos sozinho, sem ter que dividir espaços, projeto e tempo com mais ninguém;
Quer ter boas amizades?

Então mate dentro de si a pessoa insatisfeita e descompromissada, que só pensa em si mesmo; Mate a vontade de tentar manipular as pessoas de acordo com a sua conveniência. respeite seus amigos, colegas de trabalho e vizinhos enfim todo processo de evolução exige que matemos o nosso "eu" passado, inferior.

E qual o risco de não agirmos assim?
O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo essa produtividade, e, por fim prejudicando nosso sucesso .
Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser.

Elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam e acabam se transformando em projetos acabados, híbridos, adultos infantilizados, podemos até agir, às vezes, como meninos, de tal forma que mantemos as virtudes de criança que também são necessários: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade, criatividade, tolerância, etc.

Mas, se quisermos ser adultos, devemos necessariamente matar atitudes
infantis, para passarmos a agir como adultos.
Quer ser alguém (líder, profissional, pai ou mãe, cidadão ou cidadã, amigo ou amiga) melhor e evoluído?
Então, o que você precisa matar em si, ainda hoje, é o "egoísmo" é o "egocentrismo", para que nasça o ser que você tanto deseja ser.
Pense nisso e morra, mas, não esqueça de nascer melhor ainda.

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