12 September 2009

O Menininho

Era uma vez um menininho. Ele era bastante pequeno. E ela era uma grande escola. Mas quando o menininho descobriu que podia ir à sua sala caminhando através da porta da rua, ele ficou feliz. E a escola não parecia mais tão grande quanto antes.
Uma manhã, quando o menininho estava na escola, a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer um desenho.
- Que bom! pensou o menino. Ele gostava de fazer desenhos. Ele podia fazê-los de todos os tipos: leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos; e ele pegou sua caixa de lápis e começou a desenhar. Mas a professora disse:
- Esperem! Ainda não é hora de começar! E ela esperou que todos estivessem prontos.
- Agora! - disse a professora - Nós iremos desenhar flores.
- Que bom! - pensou o menininho. Ele gostava de desenhar flores e começou a desenhar flores com seus lápis rosa, laranja e azul. Mas a professora disse:
- Esperem! Vou mostrar como fazer.
E a flor era vermelha, com o caule verde.
- Assim. - disse a professora - Agora vocês podem começar. Então ele olhou para a sua flor. Ele gostava mais de sua flor, mas não podia dizer isto. Ele virou o papel e desenhou uma flor igual à da professora. Era vermelha com o caule verde.
Num outro dia, quando o menininho estava em aula, ao ar livre, a professora disse:
- Hoje iremos fazer alguma coisa com o barro.
- Que bom! pensou o menininho. Ele gostava de barro.
Ele podia fazer todos os tipos de coisas com o barro: elefantes, camundongos, carros e caminhões. E ele começou a juntar e amassar a sua bola de barro. Mas a professora disse:
- Esperem! Não é hora de começar. E ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora. - disse a professora - Nós iremos fazer um prato.
- Que bom! pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos. A professora disse:
- Esperem! Vou mostrar como se faz. E ela mostrou a todos como fazer um prato fundo.
- Assim, disse a professora, agora vocês podem começar. O menininho olhou para o prato da professora. Então olhou para o seu próprio prato. Ele gostava mais do seu prato que do prato da professora. Mas não podia dizer isso. Ele amassou o seu barro numa grande bola, novamente, e fez um prato igual ao da professora. Era um prato fundo.
E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar, e a fazer as coisas exatamente como a professora. E muito cedo ele não fazia mais coisas por si próprio.
Então aconteceu que o menininho e sua família se mudaram para outra casa, em outra cidade, e o menininho tinha que ir para outra escola.
- Hoje nós vamos fazer um desenho.
- Que bom! pensou o menininho, e ele esperou que a professora dissesse o que fazer. Mas a professora não disse nada. Ela apenas andava na sala. Veio até o menininho e disse:
- Você não quer desenhar?
- Sim, disse o menininho, o que é que nós vamos fazer?
- Eu não sei, até que você o faça, disse a professora.
- Como eu posso fazê-lo? Perguntou o menininho.
- Da maneira que você gostar, disse a professora.
- E de que cor? perguntou o menininho.
- Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu posso saber quem fez o quê e qual o desenho de cada um?
- Eu não sei, disse o menininho.
E ele começou a desenhar uma flor vermelha com caule verde.


Helen E. Buckley

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