21 October 2010

O HOMEM QUE NÃO SE IRRITAVA

Em uma cidade interiorana havia um homem que nunca se irritava com nada e com ninguém. Sempre encontrava uma saída cordial para situações que pudessem perturbar sua conduta sempre paciente. 
Certa vez, seus companheiros resolveram testá-lo num jantar. Trataram de todos os detalhes com a garçonete que os atenderia. 
No restaurante, assim que se iniciou o jantar, foi servida uma saborosa sopa. A garçonete aproximou-se, e ele prontamente levou seu prato para perto dela. Mas a moça serviu os demais, logo indo à mesa ao lado, ignorando o homem. 
Ele esperou calmamente que a garçonete voltasse. Quando ela se aproximou novamente, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que mais uma vez se distanciou abruptamente. 
Voltando à mesa para servir mais uma vez, a garçonete passou rente do homem, como quem havia concluído a tarefa, sem servi-lo, retornando em seguida à cozinha. 
Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Os amigos observavam discretamente as reações do colega. 
Educadamente, o homem chama a garçonete, que se volta, fingindo impaciência. 
- O que o senhor deseja? 
- A senhorita não me serviu a sopa. 
- Servi, sim senhor! 
Ele olhou para ela e, em seguida, para o prato vazio... Todos pensaram que ele iria brigar. Mas o homem surpreende a todos: 
- A senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais! 
Frustrados por não conseguirem fazê-lo se irritar com a moça, os amigos terminam o jantar, convencidos da inflexível compostura do colega, enquanto este tomava tranqüilamente sua sopa. 
E assim aprendemos que a objetividade e a tranqüilidade está acima das discussões desgastantes e quase sempre improdutivas, do tipo “de que lado está a razão”.

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